quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Templos religiosos podem ter contas de luz mais baratas


Tramita na Câmara Federal a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 497/10, do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), que permite à União, aos estados e aos municípios instituir subsídios para as tarifas de energia elétrica de templos religiosos ou locais de culto de qualquer religião.
O autor argumenta que as contas de luz oneram as igrejas, que realizam importantes projetos sociais em benefício da população. Para o deputado, o subsídio reduziria os gastos dessas instituições e ampliaria a disponibilidade de recursos a serem aplicados em ações de assistência social.
Os líderes das instituições religiosas em Feira de Santana receberam a notícia do projeto com satisfação, afirmando que este benefício vai ajudar a incrementar os projetos sociais desenvolvidos e apoiados por estas instituições.

INCENTIVO

Para o pastor evangélico Joeser Cruz Santana, o projeto favorece a destinação de mais verbas para projetos realizados pela igreja em prol da comunidade. “Nós temos o Desafio Jovem, um centro de recuperação que já existe há 22 anos, e requer grandes investimentos. Temos o Orfanato evangélico, que já tem 50 anos de existência, o AMA (Amparo ao Menor Abandonado), que também é outra entidade da igreja que presta serviços à sociedade, além da Associação Boanerges, que distribui cestas básicas. Este subsídio irá ajudar a destinar mais verbas para estas instituições”, destaca o pastor.
Segundo o padre Ednaldo Rodrigues, se as contas de luz das igrejas fossem cobradas como as de residências e não como pontos comerciais, ajudaria a reduzir os gastos e favorecer as obras sociais. “A redução seria de grande ajuda, mas os beneficiados também devem apresentar uma contra proposta para mostrar de que forma o dinheiro está sendo revertido em obras sociais. Deve haver um controle do Estado em cima disso, para que as instituições realmente contribuam com a sociedade”, diz o padre.
Para a líder de um centro espírita da cidade, Izabel Ramalho, a medida será mais um auxílio para a realização de ações em prol das comunidades mais carentes. “Toda boa ação é valida. Como nós trabalhamos com instituição filantrópica, sem fins lucrativos, tudo que vem neste sentido é aproveitado da melhor maneira possível”, afirma

Por Helisa Nascimento
Edição Jornal Folha do Estado-05/08/2010

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