quarta-feira, 28 de julho de 2010

Trabalhadores destacam conquistas durante Semana da Agricultura


Durante esta semana, as comunidades rurais comemoram a Semana da Agricultura Familiar. Na ultima sexta-feira (23/07), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o governador da Bahia, Jaques Wagner, estiveram em Feira participando do II Encontro Nacional da Agricultura Familiar.

Durante o encontro, o presidente falou de uma grande conquista para os trabalhadores rurais, o projeto Caprichando a Morada. Lançado em 2004. O programa é direcionado à destinação de imóveis para trabalhadores da zona rural. Até o momento já foram construídas 126 unidades habitacionais em Feira de Santana, através do Caprichando a Morada.

Segundo Conceição Borges, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana (STRFS), este projeto, inédito para a agricultura familiar, representa uma grande conquista para as famílias da zona rural.

“Uma das maiores conquistas para as comunidades rurais são os incentivos financeiros. Até 96/98, para chegarmos a uma reunião com o gerente de um banco tínhamos que ser radicais, fazer manifestações, fechar BR, pois eles não se permitiam a este contato. Hoje os agentes de desenvolvimento dos bancos ligam para o sindicato e pedem para marcar reuniões diversas com os agricultores para liberar recursos para os trabalhadores”, destaca a presidente.

Ainda de acordo com Conceição, os agricultores têm sido beneficiados com redução dos juros de recursos que são destinados ao desenvolvimento das técnicas agrárias e, consequentemente, da produção. “Os recursos são disponibilizados a juros baixíssimos ou juros a custo zero e dispõem de um rebate de 25% dos projetos, o que garante as pessoas que tem interesse de adquirir duas questões: primeiro o interesse em melhorar a renda. Segundo, o incentivo a pagar, porque o trabalhador toma o recurso e recebe 20% de desconto e se ele perder o prazo, paga o juro sobre o juro”, explica.

Por Helisa Nascimento

Edição Jornal Folha do Estado-28/07/2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Artista feirense é selecionada para filme nacional


Feira de Santana terá representante no filme “Operação Sofia” do diretor Normando Rabello. A atriz e dançarina feirense Chris Brito fará uma participação no filme que será gravado em algumas cidades do nordeste brasileiro. O enredo conta a história de uma policial que testemunha a morte de toda a sua família por gangues da PM.

Chris Brito foi aprovada na seleção realizada em São Paulo para dar vida à personagem “Clarinha”, uma dona de casa que tem sua vida marcada por infelicidades. Clarinha enfrenta um caso comum entre milhares de mulheres brasileiras, a violência doméstica praticada pelo seu marido. O elenco conta com a participação de artistas como Nuno Leal Maia, Stephan Necessian e Pink – ex-Big Brother Brasil.

As gravações do filme ainda não foram iniciadas. De acordo com a atriz feirense, diretores e organizadores da produção estão estudando possibilidades de rodar cenas em Feira de Santana. A intenção de possíveis gravações na cidade de Feira de Santana ocorre justamente pelo enfoque maior voltado para o nordeste. Na oportunidade, a produção irá abrir espaço para participação de atores e moradores de Feira.

Por Anna Karolina

Edição-Jornal Folha do Estado 22/07/2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010


Lei proíbe palmadas e prevê punição para os pais

A forma de educar as crianças sempre foi uma missão pessoal dos pais, mas agora um projeto de lei pode interferir na forma de educar os filhos. O governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta que promete acabar com os castigos físicos. Se virar lei, pais e avós, por exemplo, ficam proibidos de beliscar, empurrar ou mesmo dar palmadas em crianças. A ideia é acabar com a cultura da violência no país.

Os professores também ficam impedidos de castigar os alunos para evitar casos como o que aconteceu em Brasília, quando uma professora amordaçou e amarrou uma criança de cinco anos na cadeira.

Ao comemorar os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o presidente Lula criou o projeto que acrescenta ao Estatuto, entre outros, o artigo que concede a crianças e adolescentes o direito de serem cuidados e educados pelos pais ou responsáveis sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, o que o texto define como qualquer tipo de conduta que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou adolescente.

As penalidades previstas pela proposta são advertência, encaminhamento a programas de proteção à família, além de orientação psicológica. Os pais também podem estar sujeitos à obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado.

A iniciativa brasileira de proibir a prática de castigos físicos em crianças e adolescentes segue uma tendência mundial, com apoio do Comitê da Convenção sobre Direitos da Criança das Nações Unidas, para que os países passem a ter legislação própria referente ao tema.

A Suécia foi o primeiro país a adotar, em 1979, uma lei contra o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes, seguida pela Áustria, Dinamarca, Noruega e Alemanha. Atualmente, 25 países já têm legislação para coibir essa prática. Na América do Sul, apenas o Uruguai e a Venezuela adotaram lei semelhante.

A visão dos profissionais

Segundo Laila Arapiraca, psicóloga do Projeto Sentinela em Feira de Santana, o projeto que proíbe palmadas e beliscões em crianças é uma decisão um pouco drástica por parte do governo, pois isso pode acarretar na inversão de valores dentro dos lares, fazendo com que as crianças se tornem seres superiores dentro de casa. “Sou contra espancar, dar beliscões que deixem marcas ou bater em crianças com algum tipo de material. O diálogo é muito importante, mas, antigamente, quando haviam palmadas e tapinhas, mas não havia um índice tão alto de drogas e de roubo cometido por menores, como hoje”, fala.

A medida está provocando discussão entre os profissionais. “Diante da nossa prática, do cotidiano, vemos que essa decisão vai afetar a relação entre pais e filhos, porque a criança já está ciente de que existe o ECA. Essa é uma lei que para crianças é mal interpretada, pelo fato de existir um documento que as protege, elas se sentem no direito de fazer o que bem querem”, conclui Laila.

Para a assistente social do projeto, Bruna Figueiredo, essa é uma questão a ser trabalhada não só com os pais, mas, também, com as crianças. “Dentro da nossa rotina de trabalho, o que percebemos é a dificuldade dos pais em educarem seus filhos. A palmada é indicada? Não! A gente não indica a palmada, o que nós falamos, como orientação, é pra dialogar, mostrar o que é certo e o que é errado. Mas, qual o pai ou a mãe que nunca chegou na mão da criança e deu um tapinha pra dizer ‘aqui tá errado’? É diferente de uma agressão física, de um espancamento”, ressalta.

VIOLÊNCIA

Em Feira de Santana, os casos mais comuns de violência são os de procedência sexual. Em 2010 houve um aumento no número de violência contra crianças e adolescentes. Até o mês de março foram registrados 70 casos dos mais diversos tipos de violência (abuso sexual, agressão psicológica, maus tratos e exploração sexual).

A classe mais vulnerável à violência contra menores é a classe baixa. Segundo o Sentinela, as classes mais favorecidas geralmente não procuram ajuda do Projeto. Bruna Figueiredo diz que esse quadro vem mudando e já existem alguns casos registrados. “As pessoas de classes mais altas procuram ajuda com muita dificuldade. A violência existe em qualquer classe, mas na alta a procura por auxílio é menor devido ao fato da exposição da família”, conta.

Por :Helisa Nascimento

Jornal Folha do Estado-Edição 18/07/2010

Buracos geram transtornos no Novo Horizonte


A população de Feira de Santana tem convivido com sérios transtornos provocados por buracos que tornam ruas e avenidas intransitáveis. No bairro Novo Horizonte, mais precisamente na Rua Lauro de Freitas, moradores e motoristas enfrentam riscos ao transitarem pela via tomada por crateras e lama.

Carros e ônibus são impedidos de trafegarem. Os residentes da rua afirmam que quanto mais chove mais grave se torna a situação dos moradores, que ficam impossibilitados de saírem de suas casas. “A rua se torna um caos e os transtornos causados aos motoristas são inúmeros”, reclamam moradores.

Segundo a comunidade local, essa situação já existe há muito tempo e nunca foi tomada nenhuma providência. “Como os buracos estão cada vez piores, carros e ônibus não conseguem mais passar pelo local. Quem precisa pegar o transporte coletivo, por exemplo, tem que andar, e muito, para conseguir”, ressalta uma moradora.

RECLAMAÇÕES

Para o comerciante Edmilson Almeida, a situação tem afetado as vendas no seu comércio. “Não tem transporte, carro pequeno não passa mais por aqui, muito menos ônibus, só moto e bicicleta e isso acaba afetando a venda aqui da mercearia, porque as pessoas que moram no início da rua não passam por essa lama toda pra comprar aqui. As crianças ficam pulando na água suja, correndo o risco de pegar alguma doença. Só não aconteceu nenhum acidente ainda porque nós moradores alertamos a população e falamos do perigo que é para quem quer se arriscar passar por esse buraco. As autoridades responsáveis têm que estar atentas a esses problemas”, reivindica.

“Na semana passada, um motoqueiro caiu no buraco e quebrou a moto todinha. Quer dizer, é prejuízo de todos os lados. Um carro passou e quebrou meu portão, agora estou dormindo com a casa praticamente aberta”, desabafou Gilberto Nogueira, morador da rua.

A senhora Tânia Maria Ramos já sofre há muito tempo com essa situação. “Isso é desde que eu moro aqui, há muitos anos. Eu estudo à noite e tem mais de 15 dias que não vou ao colégio, por causa desse transtorno. Quando chove, complica pra gente sair de casa. Ônibus não transita mais por essa rua, agora temos que ir longe para conseguir pegar o ônibus, correndo um grande risco de ser assaltada, já que temos que passar por um matagal”, afirmou.

Por Luysi Nacimento

Edição 21/07/2010-Jornal Folha do Estado.

sábado, 17 de julho de 2010

A chegada do inverno, as festas juninas e a mobilização com a Copa do Mundo motivaram o comércio a investir ainda mais em compras para este ano.


A Copa do Mundo foi o fenômeno que mais influenciou. O verde e amarelo invadiu o comércio popular. Artigos da Seleção Brasileira foram os mais procurados, devido ao campeonato mundial.
A Copa do Mundo foi o fenômeno que mais influenciou. O verde e amarelo invadiu o comércio popular. Artigos da Seleção Brasileira foram os mais procurados, devido ao campeonato mundial.

O torcedor brasileiro estava realmente empenhado a adquirir produtos relacionados à competição esportiva, como vestuário e objetos alusivos à marca da seleção brasileira. Infelizmente, a torcida pela seleção teve que ser interrompida antes do esperado.

Com a derrota do Brasil para a Holanda na última sexta-feira (02/07) começa-se a mudar o cenário de verde e amarelo visto no comércio feirense. A expectativa de venda dos lojistas não foi superada por conta da eliminação do Brasil nas quartas de final. Nas ruas do centro poucos artigos ainda são vistos. Segundo comerciantes do centro da cidade, o prejuízo só não foi maior devido à cautela na hora das compras. Por experiência da última copa do mundo em 2006, os comerciantes preferiram ir com calma na hora de investir e agiram de acordo com a procura dos consumidores.

COMERCIANTES

Segundo Odilon da silva, vendedor autônomo de uniformes na Sales Barbosa, o prejuízo foi pouco, se comparado ao número de vendas de camisas da seleção. Os preços dos produtos foram reduzidos na tentativa da queima total dos mesmos, mas essa medida foi em vão, já que o feirense agora prefere investir em roupas e calçados para o inverno. As medidas a serem adotadas por alguns comerciantes será a de recolher os produtos para serem vendidos na próxima Copa.

Raimundo Tadeu, gerente há 19 anos de uma loja de confecções da cidade, afirma que a loja investiu em torno de 60 a 70% só para a copa de 2010. Para ele, o que mais prejudicou as vendas foi o horário do comércio, que sofreu interferências, devido aos jogos. “Investimos com precaução, para evitar o prejuízo” ressalta Raimundo.

O gerente ainda afirma que a copa de 2006 rendeu lucros maiores para sua loja e que este ano a procura foi reduzida. Os preços da loja para esses artigos foram diminuídos, o que ajudou na venda de alguns produtos. “Alguns itens que restarem iremos doar para alguma instituição de caridade, o que já é costume da loja”, conclui Raimundo.

Por: Helisa Nascimento